A prática de exercícios físicos vem sendo indicada por médicos e outros profissionais da saúde há muito tempo. Os argumentos científicos para a indicação baseiam-se nas evidências de que atividades físicas, contribuem para retardar o desenvolvimento da osteoporose – doença osteo metabólica que se caracteriza pela desmineralização óssea (principalmente cálcio e vitamina D), tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas. Em linhas gerais um osso saudável é quando a quantidade de produção de osteoblasto é igual a reabsorção de osteoclasto. Durante o processo de envelhecimento ocorre naturalmente um aumento da reabsorção dos osteoclastos e a diminuição na produção de osteoblasto, resultando na diminuição da densidade óssea, passando a ser um osso poroso.
Estudos mostram perda de 30% da densidade óssea principalmente nas mulheres no período pós-menopausa. De acordo com o National Osteoporosis Foundation, aproximadamente 54 milhões de americanos têm baixa densidade óssea ou osteoporose. Usando os critérios da OMS (The World Health Organization), 30% das mulheres caucasianas na pós-menopausa nos EUA têm osteoporose e 54% têm osteopenia, sendo que 14% são mulheres de 50 a 59 anos, 22% mulheres de 60 a 69 anos, 39% mulheres com idades entre 70-79 anos e 70% mulheres com 80 anos ou mais.
Como o pilates pode ajudar?
A partir dos anos 90 e início dos anos 2000, o Método Pilates começa a ficar popular em todo EUA como uma atividade física que promove integração entre fortalecimento corporal de forma dinâmica e consciência corporal, tendo como lema “Corpo, mente e espírito em perfeita harmonia”. Ao conhecer o método Pilates, profissionais da área da saúde passaram a direcionar seus pacientes para os estúdios, pois o método é uma atividade que possui pouco impacto corporal, podendo ser adaptada de acordo com o limite de cada um, o que o torna muito seguro para os idosos. Não é um exercício baseado na repetição exaustiva, é baseado na precisão e qualidade dos movimentos, sempre observando a respiração.
O tratamento deve ser multidisciplinar, é importantíssimo que a mulher esteja sempre em contato com sua ginecologista para fazer uma reposição hormonal, reeducação alimentar, rica em vitamina D e cálcio e exercícios físicos. E se o escolhido foi o Pilates melhor ainda. O Pilates é um exercício físico bastante rico, que promove melhoras significativas na qualidade de vida das pessoas, apresentando inúmeros benefícios tanto na prevenção quanto no tratamento da osteoporose. O método contribui para manter o alinhamento corporal e a correção da postura, no treinamento do equilíbrio, reduzindo o risco de compressão dos ossos da coluna e possíveis fraturas. Além disso, fortalece a musculatura e estimula os tecidos corporais, incluindo os ossos. Por isso, o Pilates se mostra bastante eficaz tanto como uma forma de prevenção quanto como método auxiliar de tratamento da osteoporose.
O método Pilates tem um vasto repertório de exercícios criado pelo próprio Joseph Pilates. Para que os benefícios do método sejam alcançados, os exercícios devem ser feitos corretamente, é preciso que o corpo inteiro esteja ativo e conectado simultaneamente com a mente e a respiração. Além disso, os exercícios fazem uma combinação perfeita de fortalecimento muscular e alongamento, muitos deles combinados com exercícios de equilíbrio. Estas vantagens podem prever indesejáveis quedas evitando também futuras fraturas.
A escolha do profissional da área da saúde também é muito importante. É fundamental que seja um profissional primeiramente que conheça a fundo sobre a patologia e que tenha uma boa certificação do método Pilates. A partir de todos esses fatores, as chances de uma ótima reabilitação e um retardo da doença são enormes, assim, portanto, aumentando a qualidade de vida.
Escrito por: Paula B. M. Manarin – Fisioterapeuta e instrutora de pilates certificada pela Polestar e pela NPCP.