Estudiosos propuseram diferentes modelos de estágios de aprendizagem motora. Utilizaremos o modelo de Fitts e Posner, pois acreditamos na existência de uma fase intermediária entre o novato e o proficiente.
Assim, Fitts e Posner (1967) apresentaram três estágios: cognitivo, associativo e autônomo.
Estágio cognitivo:
O aprendiz busca entender a tarefa, resultando em movimentos descoordenados e muitos erros. A atenção é focada principalmente no movimento, com pouca capacidade para fatores externos.
Estágio associativo:
Os movimentos tornam-se mais fluentes e harmoniosos, com menos erros e maior atenção a estímulos externos. O aprendiz se torna mais confiante.
Estágio autônomo:
A execução da ação é eficiente e automatizada, permitindo atenção aos estímulos externos. Os movimentos são precisos e estáveis, com mínimos erros. A figura 1 ilustra a diminuição dos erros e da atenção, e o aumento do desempenho conforme o aprendiz progride nos estágios com a prática.
Figura 1: gráfico da melhora do desempenho e da diminuição de erros e da atenção entre os três estágios.
O desempenho proficiente:
É caracterizado pela realização de uma habilidade com máxima certeza, mínimo gasto de energia e tempo, resultando em menos erros. Qualquer alteração que aumente o gasto de energia e tempo faz o indivíduo regredir para o estágio anterior.
Embora os estágios de aprendizagem pareçam ser sequenciais, eles podem ocorrer em paralelo; uma pessoa pode estar em diferentes estágios para diferentes habilidades simultaneamente. Atletas de alto nível frequentemente alcançam o estágio autônomo em suas habilidades, mas a maioria das pessoas não atinge esse nível na maioria das habilidades esportivas ou em habilidades básicas.